Em abril deste ano foram perdidos 1.345 empregos
formais no Rio Grande do Norte, número equivalente à retração de 0,30%, em
relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Os
dados foram divulgados ontem, 22, pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED).
Considerando os setores apresentados no
levantamento, o Comércio foi o segmento com a maior redução no número de postos
de trabalho (-560). Na sequência, aparece a Construção Civil com 513 a menos;
Agropecuária com redução de 344 vagas; o setor de Serviços com menos 314
postos; Indústria de Transformação com retração de 209 vagas; Serviços
Industriais de Utilidade Pública com 17 postos a menos; Extrativa Mineral com
redução de 10 vagas; e, por fim, a Administração Pública que apresentou menos 6
vagas.
Na série ajustada, que incorpora as informações
declaradas fora do prazo, nos quatro primeiros meses deste ano, houve queda de
6.300 postos (-1,38%) no Estado. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12
meses, os dados mostram crescimento de 0,39% no nível de emprego ou mais 1.739
postos de trabalho no Rio Grande do Norte.
MUNICÍPIOS
O levantamento traz ainda informações sobre o
comportamento do emprego nos municípios com mais de 30 mil habitantes do
Estado. São Gonçalo do Amarante apresentou o melhor desempenho, considerando o
saldo de postos de trabalho. Foram 535 admissões e 473 desligamentos, saldo
positivo de 62 vagas. Apodi teve resultado equilibrado, foram 42 admissões e 42
demissões. O pior desempenho foi de Natal. Os segmentos da capital do Estado admitiram
6.880 pessoas, número inferior ao de desligamentos — 7.726. Mossoró também
figura entre as cidades com resultado negativo — 1.985 admissões e 2.284
desligamentos, saldo negativo de 299 postos de trabalho. A redução em Mossoró
foi de 0,5%.
BRASIL
O mês de abril registrou redução de 97.828 postos de
trabalho com carteira assinada no país. O número representa uma queda de 0,24%
com relação ao mês anterior. Esse foi o menor número registrado no mês de abril
desde 2003. Foram registradas 1.527.681 admissões e 1.625.509 desligamentos.
Na série ajustada, o acumulado do ano teve uma
redução de 0,33% o que representa um decréscimo de mais de 137 mil postos de
trabalho. Entre os setores que registraram as maiores perdas estão a construção
civil, com redução de 0,77%, a indústria de transformação (- 0,65%), o comércio
(-0,22%) e de serviços (-0,04%).
Ao anunciar os dados, Manoel Dias, ministro do
Trabalho e Emprego, acentuou que o Portal Mais Emprego do MTE disponibilizou,
desde o início do ano, 700 mil vagas de emprego e que pelo menos 200 mil dessas
oportunidades foram preenchidas por trabalhadores que buscaram vagas pelo
sistema.
Segundo Dias, o país vive uma crise política e não
econômica, e a campanha para gerar na opinião pública uma percepção de grave
crise afeta as empresas, que ficam num compasso de espera. “Quem pretende
empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho”,
explicou.
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