O atual Prefeito de Antônio Martins, José Júlio
Fernandes Neto, do PSD, que pretendia ser candidato a reeleição, não conseguiu
o registro de candidatura na Justiça Eleitoral.
Para substituí-lo, Zé Júlio escolheu o sobrinho
Jorge Vinícius de Oliveira Fernandes, do PSD, porém este também não conseguiu o
registro de candidatura na Justiça Eleitoral em primeira instância.
A coligação recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral,
em Natal. Nesta quinta-feira, 29, chegou o parecer da Procuradoria Regional
Eleitoral ao relator do processo Wladimir Soares Capistrano.
O Procurador Regional Eleitoral opinou pelo não
consentimento do registro de candidatura de Jorginho, como é mais conhecido
Jorge Vinícius em Antônio Martins, reconhecendo assima documentação falsa.
As gestões de Ze Júlio à frente da Prefeitura de
Antônio Martins nos últimos 12 anos transformaram a cidade na princesa do Alto
Oeste do Rio Grande do Norte.
Entretanto, o motivo para a Justiça Eleitoral não
lhe conceder o registro de candidatura para ser candidato a reeleição este ano
de 2016 é muito forte.
Zé Júlio teria recebido recursos da Fundação
Nacional de Saúde para investir em Antônio Martins e não teria prestado contas.
Devido a isto, Zé Júlio terminou condenado no
Tribunal de Contas da União (TCU) a ressarcir a União em R$ 300 mil e pagar
multa de R$ 30 mil.
A impossibilitado de concorrer à reeleição, o
prefeito José Júlio descobriu já agora em setembro, quando o Ministério Público
Eleitoral pediu e o juiz José Ronivon Beija-Mim de Lima decretou a não
concessão de seu registro.
Diante do fato, Zé Júlio colocou o sobrinho Jorginho
para concorrer no seu lugar, porém, segundo o promotor eleitoral Silvo Brito,
este não havia saído do cargo público que exercia no prazo previsto na
Legislação Eleitoral para concorrer a um cargo público eletivo.
Ainda conforme o promotor Silvio Brito, Jorginho se
valeu de documentos com fortes indícios de terem sido falsificados entregues a
Justiça Eleitoral.
O promotor e o juiz, com esta desconfiança,
determinaram busca e apreensão na estrutura da Prefeitura e apreendeu computadores
onde o documento havia sido feito-forjado.
Numa longa nota de esclarecimentos, Zé Júlio e
Jorginho negaram que o documento atestando que ele havia saído do emprego no
período exigido por lei tivesse sido forjado.
Entretanto, segundo o promotor Silvio Brito, as
evidências são muitos fortes e o juiz José Ronivon Beija-Mim de Lima não lhe
concedeu o registro de candidatura.
A coligação liderada por Zé Júlio e Jorginho
recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral, em Natal, que ontem recebeu o
parecer negativo do Ministério Público Eleitoral.
Faltando apenas 2 dias para as eleições, Zé Júlio
poderia encontrar outro nome de confiança dentro do grupo que não tenha
implicações judiciais para substituí-lo?
O fato é que Jorginho mesmo concorrendo sob judice
caminha para conseguir mais de 50% dos votos, não por méritos próprios e mais
pela força política de Zé Júlio.
Se concretizando, a eleição será anulada, o vereador
eleito nas urnas e pelos colegas presidente da Câmara assume interinamente e
convoca novas eleições.
No município de Antônio Martins, o clima é de
suspense no grupo político liderado por Zé Júlio.
O seu adversário, o advogado João Venâncio,
conhecido como "O Velho", do PRTB, continua sem problemas na Justiça
Eleitoral sua campanha nas ruas.
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